segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A importancia do dialogo com o leitor a ficção machadiana

O dialogo fez com que o publico se reconhe-se com o personagens que vinha com um olhar critico a sociedade em que estavam vivendo.

Machado de Assis revela comportamentos da elite do Segundo Reinado

Não tinha nenhum protagonista de carater adimiravel, não contava uma historia de amor, não apresentava aventuras ou criava situações de suspenses. Não tinha nenhuma ingrediente para conquista o publico da época.

O realismo de Machado de Assis

Falar sobre este importante escritor brasileiro é motivo de orgulho, pois o mesmo tornou-se um dos maiores ícones no campo da Literatura Brasileira. No campo das artes destacou-se como crítico literário, contista, teatrólogo, cronista, poeta e romancista. Sua obra divide é dividida em duas fases: uma que ainda trazia alguns resquícios da era romântica, porém menos idealizada, mais racional e verdadeira. Dentre ela destacam-se as obras: Helena, Ressurreição, Iaiá Garcia e A Mão e a Luva.
E outra que inovou o “cenário artístico” de sua época, tendo como marco inicial a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, na qual Machado revelou-se como um “gênio” por tematizar a introspecção psicológica de seus personagens, que foi uma característica marcante.
Como forma de denunciar a situação vigente, representada pela sociedade carioca, onde o apadrinhamento e o famoso “jeitinho” solucionava os problemas advindos da classe dominante, o escritor usufrui de uma sutileza sem fim, baseada numa linguagem irônica e crítica da realidade.
Entre seu inúmeros contos destacam-se: O Alienista, Missa do Galo, A cartomante, Noite de Almirante, O espelho, Uns Braços, e outros.
Neles, Machado de Assis de uma forma engenhos dedica-se à análise do caráter humano através de seus personagens. Revelando com isso, o lado negativo, como a mentira, a traição conjugal, dentre outros, bem ao gosto das características da era Realista, que, diferente dos românticos, o casamento era visto como forma de ascensão social.

O individuo perde lugar para a sociedade no centro da obra literaria

A realidade de novas teorias fez com que o mundo perdesse sua visão romantica, assim a objetividade ocupou o lugar do subjetivo do romantismo e a emoção ficou desvalorizada. O olhar realista teria foco a sociedade e os comportamentos coletivos.

De que modo a Revolução Industrial favoreceu a estetica do realismo

Ela acentuou a distinção entre a burguesia e a classe trabalhadora. Os camponeses foram expulsos do interior e iam para as cidades em busca de emprego nas industrias e fabricas. As transformações sociais exigiam novas manifestações de explicar a organização do mundo capitalista.

Definição do projeto literario do Realismo

O Realismo surge em meio ao fracasso da Revolução Francesa e de seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. A sociedade se dividia entre a classe operária e a burguesia. Logo mais tarde, em 1848, os comunistas Marx e Engels publicam o Manifesto que faz apologias à classe operária.
Uma realidade oposta ao que a sociedade tinha vivido até aquele momento surgia com o progresso tecnológico: o avanço da energia elétrica, as novas máquinas que facilitavam a vida, como o carro, por exemplo. As correntes filosóficas se destacam: o Positivismo, o Determinismo, o Evolucionismo e o Marxismo.
Contudo, o pensamento filosófico que exerce mais influência no surgimento do Realismo é o Positivismo, o qual analisa a realidade através das observações e das constatações racionais.
Dessa forma, a produção literária no Realismo surge com temas que norteiam os princípios do Positivismo. São características deste período: a reprodução da realidade observada; a objetividade no compromisso com a verdade (o autor é imparcial), personagens baseadas em indivíduos comuns (não há idealização da figura humana); as condições sociais e culturais das personagens são expostas; lei da causalidade (toda ação tem uma reação); linguagem de fácil entendimento; contemporaneidade (exposição do presente) e a preocupação em mostrar personagens nos aspectos reais, até mesmo de miséria (não há idealização da realidade).
A literatura realista surge na França com a publicação de Madame Bovary de Gustave Flaubert, e no Brasil com Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, em 1881.